Segundo Elwing e Sanches, "No final de 1920 e início da década de 30, o casal dinamarquês Emil (1896-1986) e Estrid Vodder (1996) trabalharam em um balneário na Riviera Francesa, na cidade de Cannes, onde se dedicaram cinco anos à reabilitação. Emil era doutor em filosofia e história da arte e Estrid, naturopata. Curiosamente observaram que a maioria dos seus pacientes apresentava inflamações nos gânglios linfáticos do pescoço e todos sofriam com doenças crônicas nas vias respiratórias superiores ( sinusite, amigdalite, rinite, faringite,, etc). E com desejo de trazer alívio a esses pacientes, eles criaram uma técnica de "massagem manual" que atuava diretamente sobre os gânglios e cadeias linfáticas. Ambos visualizavam as vias de drenagem até o pescoço e consideravam que, se os gânglios estavam inflamados, poderia ser consequências das afecções das quais padeciam seus pacientes. Assim, de maneira intuitiva, começaram a trabalhar sobre a pele com movimentos suaves, pretendendo atuar sobre a recuperação desses gânglios.
Emil e Estrid Vodder observaram que suas cuidadosas manipulações reduziam o tamanho dos gânglios inflamados e simultaneamente traziam melhora ao estado de saúde dos pacientes. Hoje sabemos que suas intuições tinham bom embasamento. Hoje sabemos que a contraindicação da técnica recais sobre as inflamações agudas, mas não é contraindicada nas afecções crônicas, nas quais a palpação não é dolorosa. Eles acreditavam na lei biológica fundamental de Arndt-Schult que diz: os estímulos suaves atuam potencializando e os estímulos fortes, paralisando.
As principais características de sua técnica se baseavam em movimentos monótonos, lentos, harmônicos, suaves e rítmicos, de forma que as mãos pudessem se adequar às necessidades de cada indivíduo. Esses movimentos deveriam respeitar sempre uma direção correta, seguindo o fluxo linfático superficial em direção ao terminal (espaço supraclavicular mediano), ponto final da circulação linfática. Os videdos abaixo demonstram a técnica de Vodder.
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